domingo, 24 de maio de 2009

Peso da mãe influencia na possibilidade de filho ter asma

As mulheres em idade fértil têm mais um motivo para ficar de olho na balança. Além de ser uma forma de melhorar a aparência e diminuir o risco de algumas doenças, a atitude pode colaborar com a saúde dos filhos. É que um estudo holandês, apresentado na 105ª Conferência Internacional da Sociedade Americana Torácica, aponta a ligação entre o excesso de peso das mães e o aumento de chances das crianças terem asma.

O pesquisador Jet Smit, do Instituto Nacional de Saúde Pública e do Meio-Ambiente da Holanda, afirmou ao site Science Daily que a obesidade é um problema de inflamação sistêmica. "Não é um estado neutro. O tecido adiposo é um produtor ativo de citocinas pró-inflamatórias, ao mesmo tempo em que suprime a ação de citocinas anti-inflamatórias. Isso pode afetar o desenvolvimento imunológico e pulmonar do feto e possivelmente resultar em um maior risco de sintomas de asma." As citocinas fazem parte da estrutura das respostas do sistema imunológico.

Para chegar a tal conclusão, o médico e seus colegas analisaram dados de quase 4.000 pequenos, acompanhados anualmente até completarem 8 anos, e de suas mães. A asma foi definida como pelo menos um episódio de dificuldade de respirar ou uma receita médica de corticóide inalável no último ano. O índice de massa corporal superior a 25 kg/m2 determinou as mulheres com sobrepeso.

Na garotada que tinha pelo menos um dos pais asmáticos, a obesidade materna aumentou em 65% seu risco de manifestar a doença aos 8 anos em comparação com a de pais asmáticos e mães sem excesso de peso. "Isso sugere que filhos de mães com excesso de peso estão expostas a maiores níveis de fatores pró-inflamatórios durante a vida fetal, e podem ter um maior risco de desenvolver asma do que crianças similares cujas mães não tenham sobrepeso", finaliza Smit.

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