As mulheres em idade fértil têm mais um motivo para ficar de olho na balança. Além de ser uma forma de melhorar a aparência e diminuir o risco de algumas doenças, a atitude pode colaborar com a saúde dos filhos. É que um estudo holandês, apresentado na 105ª Conferência Internacional da Sociedade Americana Torácica, aponta a ligação entre o excesso de peso das mães e o aumento de chances das crianças terem asma.
O pesquisador Jet Smit, do Instituto Nacional de Saúde Pública e do Meio-Ambiente da Holanda, afirmou ao site Science Daily que a obesidade é um problema de inflamação sistêmica. "Não é um estado neutro. O tecido adiposo é um produtor ativo de citocinas pró-inflamatórias, ao mesmo tempo em que suprime a ação de citocinas anti-inflamatórias. Isso pode afetar o desenvolvimento imunológico e pulmonar do feto e possivelmente resultar em um maior risco de sintomas de asma." As citocinas fazem parte da estrutura das respostas do sistema imunológico.
Para chegar a tal conclusão, o médico e seus colegas analisaram dados de quase 4.000 pequenos, acompanhados anualmente até completarem 8 anos, e de suas mães. A asma foi definida como pelo menos um episódio de dificuldade de respirar ou uma receita médica de corticóide inalável no último ano. O índice de massa corporal superior a 25 kg/m2 determinou as mulheres com sobrepeso.
Na garotada que tinha pelo menos um dos pais asmáticos, a obesidade materna aumentou em 65% seu risco de manifestar a doença aos 8 anos em comparação com a de pais asmáticos e mães sem excesso de peso. "Isso sugere que filhos de mães com excesso de peso estão expostas a maiores níveis de fatores pró-inflamatórios durante a vida fetal, e podem ter um maior risco de desenvolver asma do que crianças similares cujas mães não tenham sobrepeso", finaliza Smit.
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