sexta-feira, 1 de maio de 2009

Chigago, boa opção para o 1º de Maio.


"Virá o dia em que nosso silêncio será mais poderoso do que as vozes que vocês estão sufocando hoje." A estátua erguida no Forest Home Cemetery, nos subúrbios de Chicago, Estados Unidos, poderia ser confundida com qualquer outra homenagem tumular não fosse a frase talhada a seu pé. Ela faz referência a trabalhadores mortos na cidade em decorrência de uma greve geral marcada para o dia 1º de Maio de 1886. Foi em memória deles que, três anos depois, a data foi declarada como o Dia Internacional do Trabalho.

No fim do século XIX, os operários de Chicago reivindicavam a melhoria das condições laborais, entre as quais a redução da jornada para oito horas. Quando eclodiu a greve, iniciaram confrontos com a polícia que, no dia seguinte, resultaram na morte de grevistas. O incidente provocou a mobilização de comícios simultâneos na cidade. O da Praça de Haymarket entrou para a história por ter sido palco da explosão de uma bomba lançada contra as forças policiais. Como não se identificou o responsável pelo ato, a punição caiu sobre líderes operários - todos imigrantes alemães -, que foram condenados à forca. Chamado de "Mártires de Haymarket", o monumento localizado no cemitério onde foram enterrados os condenados foi erguido em 1893.

Feito de granito e bronze, ele mostra duas figuras humanas: uma mulher representando a Justiça que coroou com louros um trabalhador caído. Além dessa estátua, o local exato onde ocorreu o comício também relembra o fato. Ali, na esquina das ruas Desplaines e Lake, foi instalada uma escultura assinada pela artista Mary Brogger. A obra representa os trabalhadores sobre uma carroça semelhante à usada como palco da manifestação que virou tragédia.

O local se tornou símbolo de movimentos sociais e costuma assistir às passeatas do Primeiro de Maio organizadas na cidade. Hoje, quem visita Chicago logo perceberá que as fábricas que foram fruto da discórdia já não estão mais na região dos confrontos. O que predomina na paisagem são as gigantes estruturas de alguns dos maiores arranha-céus dos Estados Unidos, como o Aon Center e o John Hancock Center (346 e 344 metros de altura, respectivamente), ambos localizados no Loop, distrito que é o coração pulsante da economia e da cultura da cidade. Nenhum desses prédios, porém, supera sua vizinha mais célebre: a antiga Sears Tower, torre que mudou seu nome este ano para Willis Tower.

Maior edifício dos EUA, ela tem 442 metros de altura e 110 andares. Seu 99º piso, aberto à visitação, oferece uma vista privilegiada (www.theskydeck.com/tickets.asp).

Para saber mais sobre as atrações de Chicago, visite o site www.explorechicago.org

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