domingo, 12 de abril de 2009

Etiqueta para crianças


As cenas são comuns. No restaurante, a criança come de boca aberta, faz barulho ao mastigar, derruba a comida na mesa. Na festinha do amigo, corre entre as mesas onde estão acomodados adultos que tentam conversar e faz escândalo porque quer abrir o presente do aniversariante. Basta uma rápida incursão no mundo infantil para perceber que grande parte das crianças não conhece regras básicas de etiqueta. Para socorrer as famílias, começa a crescer a oferta de cursos de boas maneiras para menores.

Em São Paulo, por exemplo, o Colégio Renovação dá aulas com esse tema como matéria extra para os alunos.

As aulas incluem pontos diversos. Nas destinadas a educar as crianças à mesa, elas aprendem que não devem utilizar a taça antes de limpar a boca com o guardanapo e que não é tão feio assim deixar comida no prato. "O que não gostamos pode ficar no cantinho", diz Cinira Estevam, coordenadora pedagógica do Renovação. "Mas a maior dúvida delas é como lidar com os talheres", diz Lígia Marques, consultora de um dos cursos existentes em São Paulo.

Há orientações também sobre como se comportar em aniversários. Os alunos são informados de que não é educado pegar muitos doces e salgados ao mesmo tempo ou pedir um pedaço do bolo antes de cantar Parabéns. Quando o assunto é o uso de ambientes comuns, os professores dão instruções sobre como utilizar os locais sem incomodar os outros.

À primeira vista, parece inacreditável que aulas como essas sejam necessárias. A maioria dos adultos aprendeu noções básicas de etiqueta em casa. Mas a falta de tempo e, em muitos casos, de disposição dos pais atualmente criou essa demanda. A bióloga Tereza Brittes, mãe de Guilherme, 8 anos, que participou de um dos cursos, sofre com a escassez de horas dedicadas ao filho. "Trabalho o dia inteiro e só o vejo à noite", diz ela.

"Por isso, acho que cursos como esses são importantes." O problema é repassar a responsabilidade, numa espécie de terceirização da educação. "Os pais precisam lembrar que os bons exemplos devem vir de casa", afirma a psicopedagoga Maria Irene Maluf, de São Paulo. "Caso contrário, não há mudança de comportamento."

4 comentários:

Airton disse...

eu tive isso no colegio
shuashuashua
e eu vim do interior do rio


http://publicandobr.blogspot.com/

vlw por seguir o blog

Lis disse...

Fico boba com esta situação.Minha mãe sempre trabalhou fora,era bancária e olha que é um serviço super estressante mas em momento algum deixou de me ensinar como me comportar em casa e fora de casa...Acredito que a maioria dos pais não querem trabalho e por isso passam a responsabiolidade para terceiros...e não é apenas etiqueta, não sabem com quem os filhos andam,o que carregam nas mochilas, o que assitem na Tv ou que acessam na net...Depois, quando os filhos se tornam adultos problemáticos perguntam: " O que eu fiz para merecer isso?" A resposta é simples : nada

Lis disse...

P.S: obrigada pela visita!! me empolguei com seu post que esqueci de agradecer hahahaha

Bjusssssssss

! Marcelo Cândido ! disse...

não é só os adultos que precisam de boas maneiras, as crianças precisam além de tudo ter respeito aos mais velhos, perto ou longe de casa se não assim algo que poderia ser chamado de sociedade chegaria ao fim rapidamente
obrigado por passar no meu blog