terça-feira, 10 de maio de 2011

O Efeito Facebook

SAN FRANCISCO - O efeito Facebook está influenciando na forma como as pessoas leem as notícias on-line. E a internet, que funciona hoje como um ponto de encontro para os internautas, é peça-chave para compartilhar e recomendar conteúdo. Essa é a conclusão de um levantamento feito com 25 dos principais sites de notícias do mundo, divulgado nesta segunda-feira pelo Pew Research Center's Project.

O Facebook é responsável hoje por 3% do tráfego de leitores em 21 sites de notícias, que permitiram a análise de seus dados, de acordo com um coautor do estudo, Amy Mitchell. Cinco dos sistes analisados tem entre 6% e 8% de seus leitores oriundos do Facebook.

As menções e referências aos links de notícias vem normalmente de páginas postadas por amigos na rede social ou de cliques nos botões 'curti' (Like button), o que incentiva outros sites de notícias a incorporar o botão para a rede social em seus sites.

Entetanto, o efeito Facebook é pequeno se comparada à influência exercida pela Google. A gigante de internet domina o setor de buscas e representa cerca de 30% do trafégo de usuários nos principais sites de notícia, de acordo com o Pew.
Mas a diferença entre a influência exercida pelas duas companhias de internet pode diminuir.

O Facebook e outras ferramentas de compartilhamento na web, como o Addthis.com, estão encorajando as pessoas a compartilhar conteúdo com seus círculos sociais diariamente. Em contraste com a Google, que utiliza ferramentas automáticas como forma de ajudar usuários a encontrar notícias.

" Se a busca por notícias foi o acontecimento mais importante da última década, o compartilhamento delas pode ser um dos mais importantes da próxima "
O Facebook está na vanguarda deste caminho, contando com mais de 500 milhões de usuários em todo o mundo, levando o título de maior site de rede social da internet. Um canhão de grande porte para compartilhar e socializar conteúdo na web.

"Se a busca por notícias foi o acontecimento mais importante da última década, o compartilhamento delas pode ser um dos mais importantes da próxima", diz o relatório do Pew.

Por outro lado, os maiores sites de notícia afirmaram que a recepção dos leitores via Twitter é de apenas 1%, apesar da rede social de microblog ter reportado mais de 175 milhões de contas até o ano passado.

Entre os jornais on-line analisados pela pesquisa, apenas o site do 'Los Angeles Times' tem mais tráfego via Twitter do que via Facebook. Os cliques via Twitter representaram 3,5% de todo o tráfego on-line do Los Angeles Times, em comparação com pouco mais de 2% por cento via Facebook.

Ainda de acordo com o estudo, o 'The Drudge Report', um site que começou na década de 1990 e funciona como um agregador de notícias on-line, é a fonte de tráfego mais significante para sites jornalísticos via Twitter.

O relatório apresentado pelo Pew é baseado em uma análise de dados de tráfego de internet levantados pela Nielsen Co. durante os primeiros nove meses do ano passado.

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